Mão direita - o toque do polegar

 
por Danilo Oliveira 

 
 
O primeiro passo para quem quer fazer arpejos, ou mesmo começar a tocar violão, é assimilar o toque do dedo polegar.
 
O polegar é o dedo solitário da mão direita. Ele é responsável por tocar as cordas graves (bordões) enquanto os outros dedos trabalham nas cordas mais agudas.
Tocar os bordões é a função básica do polegar, embora, vez ou outra, ele também toque na terceira, na segunda, e até mesmo na primeira corda, dependendo da necessidade dentro da música tocada. 
 
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Nem todo polegar é igual... 

  
O ensino do violão pode ser dividido em diversas 'escolas'. O que chamo de 'escola', nada mais é do que a metodologia utilizada por um professor para ensinar seus alunos. Com o decorrer dos anos e um bom número de discípulos, fica estabelecida uma forma de tocar particular aos discípulos desta metodologia.
Além do professor, a região (geográfica) onde o violão se desenvolveu também pode significar uma 'escola diferente'. Um bom exemplo de escolas diferentes, pode ser notado entre a escola brasileira de violão e a escola flamenca, dos espanhóis.
 
Cada estilo, ou escola, utiliza o dedo polegar de maneira diferente, mas baseado no violão erudito (clássico), irei postar um tipo de 'toque' que fez muita diferença no meu jeito de tocar. Esse tipo de toque possibilita maior controle do ataque, e consequentemente, maior controle sonoro. 
 
Para assimilar mais facilmente o toque do polegar, vejamos um pouquinho da anatomia desse dedo.
 
 
 
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Polegar

 
O dedo polegar é formado pelos ossos carpais, metacarpais, falanges próximas e falanges distais. Consequentemente, apresenta três articulações: entre o osso carpal e o metacarpal; entre o metacarpal e a falange proximal; entre a falange proximal e a falange distal.
 
Mão direita
 
  
- 'Tá', mas o que esse 'monte de ossos' e de nomes difíceis tem a ver com eu querer 'curtir' meu violãozinho no fim de semana?
 
Tudo a ver!!! É preciso conhecer, mesmo que basicamente, a estrutura da mão para evitar futuros problemas - seja de saúde ou de execução. Além disso, conhecendo seu dedo você poderá realizar o toque com mais 'propriedade' e conseguirá bons resultados mais rapidamente do que executando mil vezes da forma errada.
 
Voltando ao toque, utilizaremos todas as articulações do dedo para realiza-lo; cada articulação trabalhará com uma intensidade diferente. O foco deve ser o movimento da articulação entre a falange proximal (osso da pontado do dedo) e a falange distal (osso que fica antes da ponta do dedo) . Uma vez que esse movimento é executado da forma correta, as outras articulações trabalharão corretamente.
 
 
 
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1º Passo - Coloque o dedo sobre a corda

 
 
Procure manter o dedo reto ao colocá-lo sobre a corda. Cuidado para não articular o dedo, pois da articulação virá o toque.
 
Faça como na foto:
 
 
 
 
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2º Passo - Ataque!

 
 
Se você já acendeu um isqueiro, inconscientemente, você já sabe fazer o ataque do polegar. Ataque a corda como se você estivesse acendendo o isqueiro! 
 
Nessa etapa você deve articular o dedo entre a falange proximal e a falange distal. Naturalmente, sua mão articulará os outros ossos do polegar, de forma mais amena.
 
O importante é você sentir que movimentou todo o dedo polegar, desde o osso carpal (próximo ao pulso) até a falange distal (osso da ponta do dedo).
 
 
 
 
 
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3° Passo - Retorno

 
 
O terceiro passo do toque é retornar o polegar para a posição de ataque (como no 1° passo) para que ele possa tocar as próximas notas.
 
 
 
Pronto, este é o movimento do polegar. Simples, não?
 
Apesar de ser simples, é preciso criar um rotina de estudo para assimilar o toque. Ele deve ser natural, ou seja, você deve estudar para chegar ao ponto de não mais pensar em articulações e voltas do dedo à posição de ataque. Esse estágio só pode ser alcançado com a prática diária.
 
Se você já toca violão mas é acostumado com outro tipo de toque, consulte seu professor caso queira exercitar seu polegar de forma diferente. Se estiver tudo 'ok' com seu polegar, pra que mudar? 
 
A técnica é nossa ferramenta para executar o violão e cada pessoa possui uma anatomia diferente. Logo, se algo funciona perfeitamente bem pra uma pessoa, não significa que funcionará perfeitamente bem para a outra.
 
O importante é ter a consciência de que a mudança de técnica (forma como se toca) só deve ser feita quando necessária, NUNCA por 'capricho'. Pegue seu violão e experimente esse tipo de toque. Se lhe agradar, continue exercitando.
 
Se você está iniciando no violão, pode utilizar esse toque sem medo!
 
 
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Vídeo

 
Já que você leu até aqui, assista ao vídeo que resume tudo que foi dito neste post.
 
 

 
 
Para colocar o polegar em forma, confira amanhã o post '5 exercícios para desenvolver o polegar' e estude bastante!
 

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Postado por Danilo Oliveira
 
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